A FAMÍLIA

"É preciso fazer realmente todo o esforço possível, para que a família seja reconhecida como sociedade primordial e, em certo sentido, soberana. A sua soberania é indispensável para o bem da sociedade. Uma nação verdadeiramente soberana e espiritualmente forte é sempre composta por famílias fortes, cientes da sua vocação e da sua missão na história. A família está no centro de todos estes problemas e tarefas: relegá-la para um papel subalterno e secundário, excluindo-a da posição que lhe compete na sociedade, significa causar um grave dano ao autêntico crescimento do corpo social inteiro". (João Paulo II em “Carta às Famílias” / 2 de fevereiro de 1994)

24 fevereiro 2014

Rabiscos do meu caderno


ANOTAÇÕES NO PÓS-CHUVA 

SOBRE O TEMPO E A MODERNIDADE 

Estamos vivendo em outros tempos. Mais céleres e menos sentimentais. Menos espirituais. Menos poéticos. Somos práticos. Objetivos. Não temos mais sonhos, apenas pressa. Muita pressa. Tempo é dinheiro!… Não mais nos prendemos a recordações nem a “superficialidades”. Quando dizemos “eu te amo” ou “estou com saudade” nossas palavras não são, nem de longe, o reflexo fiel do que se passa no nosso coração… Aceitemos ou não, tudo ficou vulgar. A vida se vulgarizou. Nós nos vulgarizamos.

A ORIGINALIDADE E O ÓBVIO 

Nunca conseguiu fugir da banalidade. As histórias que escrevia eram sempre medíocres. Todas tinham começo, meio e fim. 

DAS SUPOSIÇÕES 

Eu sei que sabes muito mais do que suponho. Também sabes que eu sei mais do que imaginas que eu possa saber. Mas... que utilidade tem isto!?... 

DESDE O TEMPO DO BARATO 

O passar do tempo nos ensina muitas coisas que, afinal, podemos resumir a poucas. Eu, por exemplo, dentre tudo o que descobri, cheguei à conclusão de que na vida há três coisas que custam muito caro. Os olhos da cara, para ser mais exato. Quais?... Quais?... Já lhes satisfaço a curiosidade: a glória, a pobreza e a burrice. Mas, parafraseando o Apóstolo, dentre estas a mais excelente é a burrice. Nada se sobrepõe a ela. 

SOBRE CHARADAS E CARTAS ENIGMÁTICAS 

Antigamente – bem antigamente!... – eu gostava era das “charadas”. Alguém lembra? Havia as “novíssimas”, as “sincopadas”, “as “matemáticas”... para mencionar apenas algumas. Mas bem antes – tanto quanto sei - havia as “cartas enigmáticas”, redigidas com poucas letras e muitos números e figuras. Mas as minhas favoritas, mesmo, eram as palavras cruzadas. Foi com elas que aprendi que o antigo nome da nota dó era ut. E daí? – vocês poderão perguntar. Não, nada demais. Um pouco de cultura inútil é sempre bom pra enganar a nós mesmos. 

DOS MALES, O MENOR 

Os dedos?!... Ora, os dedos!... Que vão-se todos. O importante é que se salvem os anéis!... 

VISÕES ANACRÔNICAS 

Morava além dos alcantis, entre píncaros e pináculos. Afeito à haliêutica permaneceu, ainda assim, em casa, resguardando-se da algidez do dia. Por trás do reposteiro, observava a paisagem cinzenta comprometida pela presença do algibe anacrônico que agora só servia para a proliferação das larvas. 

Vando 

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- CRÉDITOS - 

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