A FAMÍLIA

"É preciso fazer realmente todo o esforço possível, para que a família seja reconhecida como sociedade primordial e, em certo sentido, soberana. A sua soberania é indispensável para o bem da sociedade. Uma nação verdadeiramente soberana e espiritualmente forte é sempre composta por famílias fortes, cientes da sua vocação e da sua missão na história. A família está no centro de todos estes problemas e tarefas: relegá-la para um papel subalterno e secundário, excluindo-a da posição que lhe compete na sociedade, significa causar um grave dano ao autêntico crescimento do corpo social inteiro". (João Paulo II em “Carta às Famílias” / 2 de fevereiro de 1994)

02 setembro 2012

...e por falar no tempo...

ENCONTROS E DESENCONTROS
A partir de hoje temos pouco mais de noventa dias até o nosso 9º Encontro da Família. Já entramos no mês de setembro pensando nele. Sempre temos a impressão de que o 8º Encontro aconteceu semana passada. Ou no início de agosto. Foi tão rápido!...
Cada vez me surpreendo mais com a velocidade sempre acelerada com que o tempo vai passando. Nem terminamos uma tarefa, e a próxima já reclama com urgência a nossa atenção.
Dois ou três meses atrás estivemos conversando, eu e o “caçulinha”, sobre esta celeridade do tempo. Trocávamos ideias e fazíamos referências às teorias que se ouve por aí, acerca da constatação que se faz deste fenômeno. Será real ou imaginário? Existirá, efetivamente, algum fator que está gerando esta aceleração ou somos nós, na medida em que vamos acrescentando idade aos nossos anos – ou anos às nossas idades – que alimentamos tal impressão?  
Claro que a nossa conversa não teve nenhuma base científica. Nem pretendemos mostrar erudição ou estabelecer discussão para impor nossos pontos de vista. Foi apenas o mais lícito, genuíno e democrático exercício de “jogar conversa fora”, depois do almoço dominical.  
A que conclusão, afinal, chegamos? A nenhuma, obviamente. Nem estávamos procurando explicações ou buscando respostas metafísicas. Mas deu para perceber que a impressão não é privilégio somente dos mais anosos, como eu. O que, então, me leva a acreditar que se as bruxas não existem, elas, certamente, devem estar bastante frustradas.
O grande problema que eu arrumei agora é que perdi o fio da meada. Não sei por que enveredei por este labirinto, e, menos ainda, como vou fazer para sair dele. O que talvez possa me tirar desta encrenca é que estamos em época de eleições, e isto às vezes surge como tema interessante para quem está num aperto. Senão, vejamos: sem premeditação, retomei o assunto do tempo que escorre pela ampulheta como areia entre os dedos.
Nem se completaram dois anos, ainda, e já estamos às vésperas de novas eleições, sem termos tido tempo de avaliar o tamanho de nossa estupidez quando escolhemos as figuras que "aí estão" promovendo mil e uma trapalhadas. Felizmente temos nova chance para, pelo menos no âmbito de nossas cidades, nos redimirmos um pouco.
Andei olhando a lista dos ilustres candidatos a prefeitos, que pretendem nos "governar" durante os próximos quatro anos e dos  postulantes a vereadores, que são, em última análise, os futuros legisladores das nossas câmaras municipais. Em suas mãos entregaremos, em poucos dias, os destinos das megalópoles, e das grandes, médias, pequenas e minúsculas “comunas” “desse país”.
Claro que não vou antecipar o meu voto. Sou meio maluco mas não sou burro. Porém, já selecionei algumas dessas sumidades, que vão merecer a minha análise mais acurada. Todas trazem um currículo maravilhoso e uma trajetória política de causar inveja aos mais qualificados “oponentes”. Além disto, seus projetos garantem que em breve todos os nossos problemas de habitação, segurança, emprego, educação, saneamento básico, inflação, etc., etc., etc., serão solucionados em definitivo.
De qualquer maneira, como vamos errar tudo de novo, resta-nos o consolo do tempo que urge. Logo, logo, nova oportunidade vai surgir e, bem antes de estarmos preparados para assimilar o Wazari e evitar o Yppon, já estaremos envolvidos em novo e aguerrido pleito. E como somos eternos aprendizes, vai ser assim até que a lição seja perfeitamente digerida.  
Será que desta vez aprenderemos? O tempo dirá.
Vando

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Ilustração (Ampulheta):
Surrupiei do Blog EXAME DE ORDEM

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