ALTAMIRO CARRILHO
* Santo Antonio de Pádua, 21 de janeiro de 1924
+ Rio de Janeiro, 15 de agosto de 2012
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O NOME DO CHORO É LAMENTO
De repente a flauta ficou em silêncio.
Hoje Altamiro Carrilho deixou de compor e de fazer serenatas. Voltou a conviver com Zequinha de Abreu, Herivelto Martins, João de Barro, Almirante, Ernesto Nazareth e tantos outros batutas que o precederam na Grande Viagem.
Flautista inigualável, músi- co, intérprete, compositor e mestre de uma geração repleta de talentos e poesia, Altamiro Carrilho deixa-nos todos um pouco mais pobres. Mais carentes de beleza. Num momento em que tanto precisamos de alegria ele nos prega esta peça. Que pena, rapaz!
A gente sabe que foi sem querer. E te perdoa por isto. Mas vamos sentir uma saudade enorme. Imensa. Infinita.
De qualquer forma, valeu! E como!...
Neste dia não vamos vestir luto. Sabemos que não gostarias. Vamos sim cantarolar do nosso jeito os acordes das valsas e dos chorinhos que nos deixaste. Eles ficarão conosco sempre, dando-nos o testemunho de que estiveste por aqui, espargindo sobre as nossas almas o perfume da tua música e da tua alegria.
O céu te recebe com júbilo. E nós te acenamos em despedida, meio lacrimosos é verdade, mas felizes por termos tido o privilégio da contemporaneidade.
Foi bom enquanto durou. Agora fica o vazio preenchido apenas pelo acorde nostálgico da tua flauta que ninguém mais será capaz de tocar como tu sabias fazer.
Ao fechar-se o pano do teu espetáculo, a nossa gratidão e carinho. E o nosso aplauso.
Evandro / Família Nós Aqui.
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Ilustração: Foto da capa do CD “Primeira Noite em Niterói”
Gravadora Biscoito Fino, 2008
Produtores: Andreas Pavel, João Carlos Carino e Soraya Nunes
Concerto realizado no Teatro Municipal de Niterói, RJ, em agosto de 2006
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