A FAMÍLIA

"É preciso fazer realmente todo o esforço possível, para que a família seja reconhecida como sociedade primordial e, em certo sentido, soberana. A sua soberania é indispensável para o bem da sociedade. Uma nação verdadeiramente soberana e espiritualmente forte é sempre composta por famílias fortes, cientes da sua vocação e da sua missão na história. A família está no centro de todos estes problemas e tarefas: relegá-la para um papel subalterno e secundário, excluindo-a da posição que lhe compete na sociedade, significa causar um grave dano ao autêntico crescimento do corpo social inteiro". (João Paulo II em “Carta às Famílias” / 2 de fevereiro de 1994)

01 junho 2011

Ninguém é substituível

Dia 2 de maio recebi do Mauro um e-mail, com esta narrativa.
Como sempre faço com os textos de que gosto, guardei-o, certo de que a qualquer momento eu iria me utilizar dele.
Pois o dia chegou e depois de fazer algumas pequenas correções de digitação (só acrescentei o título, conservando o original aí em cima), repasso a vocês com a convicção de que o tema requer no mínimo uma reflexão.
Avaliem.
Vando
PESSOAS SÃO SUBSTITUÍVEIS?
Na sala de reunião de uma multinacional o diretor nervoso fala com sua equipe de gestores.
Agita as mãos, mostra gráficos e olhando nos olhos de cada um ameaça: "Ninguém é insubstituível!...”
A frase parece ecoar nas paredes da sala de reunião em meio ao silêncio.  
Os gestores se entreolham, alguns abaixam a cabeça. Ninguém ousa falar nada.
De repente um braço se levanta e o diretor se prepara para triturar o atrevido:
- Alguma pergunta?
- Tenho sim. E Beethoven?
- Como? - o encara o diretor confuso.
- O senhor disse que ninguém é insubstituível. Quem substituiu Beethoven?
Silêncio.
O funcionário fala então:
- Ouvi essa estória esses dias, contada por um profissional que conheço e achei muito pertinente falar sobre isso. Afinal as empresas falam em descobrir talentos, reter talentos, mas, no fundo continuam achando que os profissionais são peças dentro da organização e que, quando sai um, é só encontrar outro para por no lugar. Então, pergunto: quem substituiu Beethoven? Tom Jobim? Ayrton Senna? Ghandi? Frank Sinatra? Garrincha? Santos Dumont? Monteiro Lobato? Elvis Presley? Os Beatles? Jorge Amado? Pelé? Paul Newman? Tiger Woods? Albert Einstein? Picasso? Zico? Etc.?…
O rapaz fez uma pausa e continuou:
- Todos esses talentos marcaram a história fazendo o que gostam e o que sabem fazer bem, ou seja, fizeram seu talento brilhar. Portanto, mostraram que são sim, insubstituíveis. Que cada ser humano tem sua contribuição a dar e seu talento direcionado para alguma coisa. Não estaria na hora dos líderes das organizações reverem seus conceitos e começarem a pensar em como desenvolver o talento da sua equipe, em focar no brilho de seus pontos fortes e não utilizar energia em reparar seus “erros ou deficiências”?
Nova pausa e prosseguiu:
- Acredito que ninguém se lembra e nem quer saber se BEETHOVEN ERA SURDO , se PICASSO ERA INSTÁVEL , CAYMMI PREGUIÇOSO , KENNEDY EGOCÊNTRICO, ELVIS PARANÓICO… O que queremos é sentir o prazer produzido pelas sinfonias, obras de arte, discursos memoráveis e melodias inesquecíveis, resultado de seus talentos. Mas cabe aos líderes de uma organização mudar o olhar sobre a equipe e voltar seus esforços em descobrir os PONTOS FORTES DE CADA MEMBRO. Fazer brilhar o talento de cada um em prol do sucesso de seu projeto.
Divagando o assunto, o rapaz continuava.
- Se um gerente ou coordenador, ainda está focado em “melhorar as fraquezas” de sua equipe, corre o risco de ser aquele tipo de “técnico de futebol” que barraria o Garrincha por ter as pernas tortas; ou Albert Einstein por ter notas baixas na escola; ou Beethoven por ser surdo. E na gestão dele o mundo teria perdido todos esses talentos.
Olhou a sua a volta e reparou que o Diretor olhava para baixo, pensativo.
- Seguindo este raciocínio, caso pudessem mudar o curso natural, os rios seriam retos. Não haveria montanhas, nem lagoas nem cavernas, nem homens, nem mulheres, nem sexo, nem chefes nem subordinados…  Apenas peças…  E nunca me esqueço de quando o Zacarias dos Trapalhões “foi pra outras moradas”. Ao iniciar o programa seguinte, o Dedé entrou em cena e falou mais ou menos assim: "Estamos todos muito tristes com a partida de nosso irmão Zacarias... E hoje, para substituí-lo, chamamos… NINGUÉM! Pois nosso Zaca é insubstituível”  – concluiu o rapaz.  E o silêncio foi total.
CONCLUSÃO
Nunca esqueça: você é um talento único! Com toda certeza ninguém te substituirá!
Sou um só, mas ainda assim sou um. Não posso fazer tudo... mas posso fazer alguma coisa. Por não poder fazer tudo, não me recusarei a fazer o pouco que posso.
“No mundo sempre haverá pessoas que vão te amar pelo que tu és... e outras que vão te odiar pelo mesmo motivo. Acostume-se a isto e... muita paz de espírito!”
Tenha um bom dia... INSUBSTITUÍVEL!!!...
* * *
Foto: “Sucatas” – encontrada no site "QUEBARATO!"

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