A FAMÍLIA

"É preciso fazer realmente todo o esforço possível, para que a família seja reconhecida como sociedade primordial e, em certo sentido, soberana. A sua soberania é indispensável para o bem da sociedade. Uma nação verdadeiramente soberana e espiritualmente forte é sempre composta por famílias fortes, cientes da sua vocação e da sua missão na história. A família está no centro de todos estes problemas e tarefas: relegá-la para um papel subalterno e secundário, excluindo-a da posição que lhe compete na sociedade, significa causar um grave dano ao autêntico crescimento do corpo social inteiro". (João Paulo II em “Carta às Famílias” / 2 de fevereiro de 1994)

17 julho 2014

Centenários de nossa História - I

O “VÔ BIBI” E A VÓ JÚLIA

    No dia 27 deste mês de julho, a história de nossa Família registra o 102° Aniversário do casamento de Odorico Hermógenes dos Santos – o “Vô Bibi” – com Júlia Figueira dos Santos, celebrado em Porto Alegre no ano de 1912.

    Odorico nasceu em Porto Alegre, RS, no dia 8 de julho de 1884, e era filho de Jacintho Hermógenes Medina dos Santos (1860 – 1931) e de Isolina Fernandes dos Santos (nascida em 1867 e falecida no dia 12 de abril de 1934). Teve mais sete irmãos: Resoleta, Ismael, Manoelita, Sebastião, Guacita, Lourenço e Maria. Faleceu em Porto Alegre, RS, no ano de 1936, com idade aproximada de 52 anos.  

    Júlia também era natural de Porto Alegre, nascida no dia 19 de agosto de 1895, e na data do casamento tinha 17 anos (Odorico estava com 28). Filha de Bernardino Figueira e Mathilde Figueira, teve duas meio-irmãs: Cecília e Judite, filhas de segundas núpcias de Mathilde. A “Vó Júlia” faleceu em Porto Alegre, RS, em 1948, com 53 anos.

    De seu casamento, Odorico e Julia tiveram um casal de filhos – Romeu (14 Nov 1914 – 10 Abr 1998) e Julieta (1916 – 1832). Seu legado em número de descendentes foi bastante modesto: vinte e duas pessoas – apenas dois filhos, oito netos, 7 bisnetos e cinco tataranetos. Há a considerar que esta geração deve-se apenas à descendência de Romeu, já que a irmã deste, Julieta, faleceu prematuramente aos dezesseis anos, ainda solteira. Tivesse ela vivido mais anos e contraído matrimônio, o número de descendentes seria, com certeza, consideravelmente maior.

    Guardo uma certa mágoa por não ter conhecido o Vô Odorico, pois no ano do meu nascimento ela já havia falecido. Imagino que teríamos nos dado muito bem, pelo pouco que sei a respeito dele. Quanto à Vó Júlia, conservo delas muitas lembranças boas. Não era do seu feitio “contar histórias” – como a Vó Mathilde que conhecia uma infinidade delas. Entretanto, possuía um talento inato para as artes manuais. De seu artesanato recordo de muitos belos desenhos a lápis e nanquim; pinturas em porcelana e cerâmica; bordados e costuras, nos quais era exímia. Seu quarto – e grande parte das peças da casa onde morávamos – era o seu atelier e ao mesmo tempo o “hospital” de pronto socorro de bonecas com cabeças, braços e pernas de biscuit que por mais danificadas que estivessem ela conseguia reconstituir à perfeição, com perícia e sensibilidade, além de confeccionar para elas vestidos, calçados, luvas, chapéus e todos os demais penduricalhos, tudo  novinho em folha, que ela criava segundo os mais elegantes figurinos da época.

    Pois é isto. Talvez um dia eu me disponha a narrar algumas das ternas reminiscências que, vez por outra, penso em compartilhar com vocês. Hoje, todavia, não o farei, limitando-me a deixar registrada esta efeméride dos 102 anos do casamento de Odorico e Júlia. Meus avós paternos. Pais do “seu” Romeu.

Vando 

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