O “VÔ BIBI” E A VÓ JÚLIA
No dia 27 deste mês de julho, a
história de nossa Família registra o 102° Aniversário do casamento de Odorico
Hermógenes dos Santos – o “Vô Bibi” – com Júlia Figueira dos Santos, celebrado
em Porto Alegre no ano de 1912.
Odorico nasceu em Porto Alegre,
RS, no dia 8 de julho de 1884, e era filho de Jacintho Hermógenes Medina dos
Santos (1860 – 1931) e de Isolina Fernandes dos Santos (nascida em 1867 e
falecida no dia 12 de abril de 1934). Teve mais sete irmãos: Resoleta, Ismael,
Manoelita, Sebastião, Guacita, Lourenço e Maria. Faleceu em Porto Alegre, RS, no
ano de 1936, com idade aproximada de 52 anos.
Júlia também era natural de Porto
Alegre, nascida no dia 19 de agosto de 1895, e na data do casamento tinha 17
anos (Odorico estava com 28). Filha de Bernardino Figueira e Mathilde Figueira,
teve duas meio-irmãs: Cecília e Judite, filhas de segundas núpcias de Mathilde.
A “Vó Júlia” faleceu em Porto Alegre, RS, em 1948, com 53 anos.
De seu casamento, Odorico e Julia
tiveram um casal de filhos – Romeu (14 Nov 1914 – 10 Abr 1998) e Julieta (1916 –
1832). Seu legado em número de descendentes foi bastante modesto: vinte e duas
pessoas – apenas dois filhos, oito netos, 7 bisnetos e cinco tataranetos. Há a
considerar que esta geração deve-se apenas à descendência de Romeu, já que a
irmã deste, Julieta, faleceu prematuramente aos dezesseis anos, ainda solteira.
Tivesse ela vivido mais anos e contraído matrimônio, o número de descendentes
seria, com certeza, consideravelmente maior.
Guardo uma certa mágoa por não
ter conhecido o Vô Odorico, pois no ano do meu nascimento ela já havia
falecido. Imagino que teríamos nos dado muito bem, pelo pouco que sei a respeito dele. Quanto à Vó Júlia, conservo delas muitas lembranças boas. Não era do seu feitio “contar histórias” – como a Vó Mathilde que conhecia uma infinidade delas. Entretanto,
possuía um talento inato para as artes manuais. De seu artesanato recordo de
muitos belos desenhos a lápis e nanquim; pinturas em porcelana e cerâmica;
bordados e costuras, nos quais era exímia. Seu quarto – e grande parte das
peças da casa onde morávamos – era o seu atelier e ao mesmo tempo o “hospital”
de pronto socorro de bonecas com cabeças, braços e pernas de biscuit que por mais danificadas que
estivessem ela conseguia reconstituir à perfeição, com perícia e sensibilidade,
além de confeccionar para elas vestidos, calçados, luvas, chapéus e todos os demais penduricalhos,
tudo novinho em folha, que ela criava
segundo os mais elegantes figurinos da época.
Pois é isto. Talvez um dia eu me
disponha a narrar algumas das ternas reminiscências que, vez por outra, penso
em compartilhar com vocês. Hoje, todavia, não o farei, limitando-me a deixar
registrada esta efeméride dos 102 anos do casamento de Odorico e Júlia. Meus
avós paternos. Pais do “seu” Romeu.
Vando
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