A FAMÍLIA

"É preciso fazer realmente todo o esforço possível, para que a família seja reconhecida como sociedade primordial e, em certo sentido, soberana. A sua soberania é indispensável para o bem da sociedade. Uma nação verdadeiramente soberana e espiritualmente forte é sempre composta por famílias fortes, cientes da sua vocação e da sua missão na história. A família está no centro de todos estes problemas e tarefas: relegá-la para um papel subalterno e secundário, excluindo-a da posição que lhe compete na sociedade, significa causar um grave dano ao autêntico crescimento do corpo social inteiro". (João Paulo II em “Carta às Famílias” / 2 de fevereiro de 1994)

01 agosto 2014

Prenúncio da primavera?!...

OS IPÊS FLORESCEM DE NOVO
(... mas não é só isto) 

    Hoje vou falar sobre duas coisas de que gosto muito. Começo, naturalmente, com a primeira delas – e nem poderia ser diferente. 

    No meio da semana, chegando em casa, reparei que os ipês do condomínio onde moro já estavam com alguns botões se insinuando, prestes a desabrochar. Hoje cedo, ao abrir a janela, percebi, jubiloso, que a “promessa” dos dias anteriores estava se cumprindo. O que era apenas o início da brotação transformou-se, da noite para o dia, em milhares de flores rosadas (minha vizinha, “perita” em botânica e apaixonadamente dedicada a cuidar dos jardins, me garante que se trata de “Ipê roxo”) colorindo de alegria a paisagem até então carente de graça. 

    Como ainda estamos no dia primeiro de agosto, faltam quase dois meses para que a primavera, propriamente dita, se reapresente no esplendor de sua beleza. Mesmo assim, os ipês diante da minha janela já antecipam o que será a próxima estação – a mais bonita do ano, sem qualquer sombra de dúvida. Logo os “outros” ipês – amarelos, azuis, escarlates e de todas as tonalidades “solferinas”, – depois os jacarandás, os guapuruvus... entrarão nesta verdadeira festa que, todos os anos, faz a alegria dos nossos olhos e marca o renascer de nossos sonhos acalentados durante o período chuvoso, frio e cinzento, característico do clima aqui ao Sul do Mundo.   

    Agora vem a segunda. Neste dia 1° de agosto, comemora-se no Brasil o DIA DO FILATELISTA. Oficialmente é o “Dia do Selo”, quando a história registra a emissão do primeiro selo postal brasileiro. Na realidade, não foi “um selo”, mas três, numa série de 3 valores: 30, 60 e 90 réis. São os chamados “Olhos de Boi”. Isto ocorreu no dia 1° de agosto de 1843 e nessa data o Brasil foi o 3° país a adotar a “invenção” de Sir Rowland Hill (3 Dez 1795 – 27 Ago 1879). 

    Sir Howland Hill era um professor britânico e membro do parlamento do Reino Unido. Até o início do ano de 1840, as cartas que eram levadas aos destinatários tinham a tarifa paga por estes. Como resultado, muitas dessas correspondências eram recusadas, pois os destinatários se negavam de pagar. Devolvidas ao correio, causavam grandes prejuízos financeiros ao serviço postal de Sua Majestade. Em vista disto, Howland propôs ao Parlamento que a taxa pelo serviço fosse paga pelo remetente. Para isto foi criado de comprovante de pré pagamento, que deveria ser afixado à carta. A partir daí nasceram os selos postais, pequenos retângulos de papel que mudaram a história postal.  

    A primeira emissão dessas hoje preciosidades, ocorreu na Inglaterra no dia 6 de maio do ano de 1840. Consistia numa peça de papel impressa em cor preta, no valor de um Penny, nome com o qual passou a ser conhecido o primeiro selo do mundo: o “One Penny Black”, do qual restam raríssimos exemplares, atualmente, cotados no mercado filatélico a preços astronômicos. 

    O segundo país a emitir selos postais foi a Suíça onde, nos Cantões de Zurique e Genebra, passou a circular no dia 23 de janeiro de 1843. 

     É claro que vocês já conhecem o assunto. Como também sabem que sou filatelista “desde criancinha” e um apaixonado por esses minúsculos brinquedinhos com os quais convivo desde tempos imemoriais. Só falei deles porque hoje é o seu dia. E porque gosto tanto de selos como gosto de tempo bom, de passarinhos cantarolantes e de primavera. Primavera como a que os ipês de onde moro estão, sutilmente, me avisando de que logo, logo, vai chegar. 

     Então, me digam: eu poderia deixar de compartilhar com vocês estas duas alegrias?!... 

Vando 

* * * 

Foto: Ipê roxo / Autoria: Maria Olívia
Site: PORTFOLIO-PRESS 

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